Equipe de Cruz Machado participa do Programa de Integração

Os colaboradores da Ecovale da equipe de Cruz Machado participaram esta semana do nosso Programa de Integração, recebendo instruções técnicas do nosso Técnico de Segurança do Trabalho e também participando da nossa Integração Social, que é o acolhimento e ambientação dos novos colaboradores pela nossa equipe de Recursos Humanos. A equipe de Cruz Machado é formada por colaboradores da cidade, visando valorizar os profissionais do município. Sejam todos bem-vindos à Ecovale!
 

Ecovale realiza Campanha de Vacinação com os colaboradores

Mais uma campanha de vacinação foi realizada com os colaboradores da Ecovale. Foram aplicadas as vacinas pendentes de: Hepatite B, Dupla Bacteriana (DT ), Febre Amarela e Influenza (contra a gripe).
 
Trata-se de mais uma ação da empresa visando segurança, saúde e bem-estar da equipe. Agradecemos as enfermeiras do Posto de Saúde do Rocio – União da Vitória, por fazerem as aplicações das vacinas e também a todos os colaboradores que estiveram envolvidos e participaram da campanha.
 
Confira as fotos:
 

Coletores da Ecovale recebem novo uniforme

recebimento-uniformes-ecovale-3A nossa equipe de coletores recebeu na semana passada os novos uniformes para serem utilizados durante a execução dos serviços. A nova versão dos equipamentos garante mais segurança e conforto para os colaboradores.
 
As peças possuem faixas refletivas já aplicadas ao uniforme, não sendo mais necessário o uso do colete refletivo.
 
 
 
 
 

A Invisibilidade dos coletores de Lixo

 

Por Fernanda de Freitas e Poliana Gomes

 

 

Quando colocamos na rua o lixo de nossas casas, deixamos com ele a nossa responsabilidade pelo próprio. Sentimos que nosso papel termina ali. Deixando o lixo na rua nos livramos de tudo que não nos serve mais, voltando ao nosso lar com a consciência tão leve quanto nossas lixeiras. Nosso lixo acaba quando damos o último nó na sacolinha, colocando-a fora da nossa casa, longe dos nossos olhos. Pois bem: é aí que o serviço dos “invisíveis” acabou de começar.

 

Entre o nosso grande papel de colocar os resíduos na lixeira da rua e o seu posterior desaparecimento, entra em cena o coletor. Com a invisibilidade de um mito, destina nosso resíduo e tira de cena os “não desejados” – o desnecessário – de cada residência. Tal visão sobre esse profissional, ao que parece, se baseia unicamente na imagem deste a partir de opinião pessoal, e do que é tido como consenso socialmente: lixeiro.

 

Pois bem, não temos lixeiros. “Lixeiro é quem produz lixo, o coletor está limpando”.[1] A atividade profissional, invisível, faz falta somente quando nosso lixo não sumiu “por mágica” da nossa porta. É incrível que sintamos falta daquilo que no dia-a-dia não reconhecemos. Ainda em relação a estes profissionais, mesmo quando os vemos, não os enxergamos de forma real, exatamente como pessoas comuns cumprindo sua jornada de trabalho. No entanto, podemos dizer que o único aspecto que distancia os coletores de nós, lixeiros – já que, nós sim, produzimos lixo – é que estes sabem o que fazer com o lixo. Reflito se nos distanciamos tanto deste profissional por ele trabalhar com o que, de forma geral, “eu não quero mais”, mas que para ele é matéria-prima do seu serviço.

 

O que significa para você ser um coletor? Transitamos a extremos, associando sua imagem ou ao sofrimento, ou ao heroísmo por trabalho tão pesado, e principalmente, como cumprindo do castigo de quem não estudou. É comum ouvirmos até mesmo nas escolas – local onde o preconceito não deveria estar matriculado – que “até para ser coletor de lixo precisa de estudo”, sendo semeada ainda mais essa discriminação ao associar este emprego como o nível mais baixo em uma escala de merecimentos. Num mundo em que não se quer mais tanta coisa e, quase tudo está a ponto de “não servir mais”, realmente, isso requer muito além de estudo, graduação, horas de leitura e certificados, coletores ensinam todo dia, mais uma vez invisíveis, um pouco de cidadania.

 

Com toda certeza: o coletor trabalha sob chuva, sob sol, e agora até podemos dizer que sob neve. Mas eu diria ainda que sob preconceitos e sob invisibilidade, suas condições adversas vão muito além das condições climáticas.

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[1] Resposta fornecida por um colaborador da Ecovale Tratamento de Resíduos Urbanos à pergunta “O que significa para você ser um coletor” em entrevista realizada para a Caracterização Psicossocial da Organização, do Estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho, desenvolvido pelas acadêmicas de Psicologia da Universidade do Contestado sob orientação da Profª Ms. Daniele Jasniewski.